Algumas palavras

Deveria tomar cuidado com as palavras, mas não o faço. Todos devem saber a verdade, não importa o quão dolorida esta seja! Idealista, talvez!
Se está aqui, sabe que não encontrará nenhum Machado de Assis nas minhas complicadas palavras. Contudo, poderá encontrar sentimentos fortes e sinceros como nos delírios de Bento Santiago.
Espero que minhas palavras possam mexer com o sentimento de cada um. Mesmo que odeiem o que estão lendo, ao menos ainda estão sentindo!
Desculpem-me antecipadamente por tudo, e uma boa leitura!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O centro acadêmico comunista

Hoje enquanto estudava na biblioteca de minha conceituada universidade, me distrai por um momento de meu livro de Gonçalves para prestar atenção em um jornal que já a alguns dias está em meu poder.
Esse jornal chama-se "O indeferido" e sua primeira edição foi relançada este mês. Com uma primeira página muito interessante e um história mais interessante ainda, sendo este o mesmo nome do jornal produzido ilegalmente na ditadura militar, o jornal volta a ser produzido pela mesma organizaçao estudantil de outrora.
Mas não é pela capa nem pela hitória que venho comentar desse trabalho que foi produzido pelo ativo centro academico XVI de abril, mas é pelo conteúdo. Artigos preparados por estudantes e por professores, roubaram minha atenção. Um em particupar, cujo titulo é "Os comunistas". Sua temática gira em torno de uma única frase "bando de comunistas" dita por um estudante que tentava provavelmente insultar as pessoas ali presentes.
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A definição de "comunista" dada pela estudante do 3°ano: "... significa esforçar-se por analisar, compreender e criticar a conjuntura política de um país, preocupando-se com os frutos legislativos e transformadores dessa conjuntura, os quais, com toda certeza, refletirão nas nossas vidas proficionais e na vida de outras tantas pessoas...", " é equiparavel a empreender tempo, muito tempo, para que possamos ter uma formação e que trancenda os muros da lei e da Faculdade de Direito..." e " é em última análise, preocupar-se em revolucionar nosso cotidiano e o das pessoas que por nós são afetadas, de modo que algo sempre saia transformado e melhor do que estava antes...".
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Antes mesmo de conhecer o pessoal do CA, já tinha ouvido boatos de que , em sua maioria, eram comunistas, depois da leitura desse maravilhoso artigo, gostaria eu de ser um deles!
Em sua conclusão a aluna ainda diz que " ser um comunista deveria ser o escopo algemado por todos nós, estudantes de direito". Não tendo como me opor a esse fechamento e nem querendo faze-lo, gostaria apenas de parabeniza-la pelo artigo e perguntar como as pessoas ainda conseguem ver essa palavra, COMUNISTAS, como se via antigamente, com medo e terror. Pelo visto, mesmo conhecendo a história, estamos fadados a repeti-la!