Algumas palavras

Deveria tomar cuidado com as palavras, mas não o faço. Todos devem saber a verdade, não importa o quão dolorida esta seja! Idealista, talvez!
Se está aqui, sabe que não encontrará nenhum Machado de Assis nas minhas complicadas palavras. Contudo, poderá encontrar sentimentos fortes e sinceros como nos delírios de Bento Santiago.
Espero que minhas palavras possam mexer com o sentimento de cada um. Mesmo que odeiem o que estão lendo, ao menos ainda estão sentindo!
Desculpem-me antecipadamente por tudo, e uma boa leitura!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A felicidade que é passada



As pessoas são diferentes umas das outras. Elas tomam atitudes inesperadas e se alegram com coisas que outras consideram ser banais.

A alegria é um sentimento muito aleatório. Então como conseguimos agradar aqueles com quem nos importamos?

Deveria ser fácil. Apenas conhecer aquele que é especial, deveria bastar. Mas a mente humana é muito complexa para se conhecer verdadeiramente uma pessoa, para se saber o que se passa em sua cabeça e entender seus desejos e planos.

Outra coisa também deve ser levada em consideração. Nem sempre sabemos o que se passa em nossa própria mente e temos dificuldade de decidir e escolher caminhos que são claros para quem está de fora.

Mas o que verdadeiramente importa, é como conseguimos agradar as pessoas que fazem a diferença? Umas apenas com sua presença já se alegram, outras precisam de uma demonstração do que você sente por elas, um beijo, um abraço, um "Eu te amo".

Há também aquelas que por mais que você se esforce nunca perceberão o valor de uma amizade, o mundo é pequeno para esse tipo de pessoa. O que leva a outra questão, elas poderiam algum dia alcançar a felicidade?

Felicidade é um sentimento muito aleatório e por mais que nos esforcemos, é passageiro. Se alegrar com as pequenas coisas do mundo faz com que a vida se torne melhor. Agradecer uma demonstração de carinho e realmente se importar com quem as faz nos torna pessoas melhores.

O que nos resta então é esperar pelo próximo "Bom dia" ou pelo próximo abraço e fazer esses pequenos atos se tornarem grandes para preencherem o lugar que os cabe em nossas vidas.

domingo, 9 de maio de 2010

Cena repetida

Seria possível reviver seus maiores medos continuamente? Viver sempre o mesmo ciclo sabendo o que está por vir, assim como em uma peça de teatro que se assiste novamente? O que você faria se chegasse a um ponto de sua vida e percebesse que aquela cena já tinha se passado?
Talvez esperasse que fosse diferente, mas aquele primeiro ato de que você se lembrava agora é um segundo, idêntico. Pensando por um lado até seria uma coisa boa, você já sabe suas deixas e suas marcações, não iria errá-las. Isso tudo porque já vivenciou aquele mesmo momento e o clímax que está por vir, já é conhecido e não lhe surpreenderá.
O maior problema é que você não quer passar por aquilo novamente e sabe o que deve fazer para se proteger de tão horrível final. Sabe que reescrever a peça não seria o correto, mas seria sua única saída. E como fazê-la sem prejudicar as pessoas que encenam com você, sem tirá-las do rumo de suas próprias cenas?
Reescrever o que já foi contado seria a única esperança de se poder viver uma vida tranqüila, sem muitas cenas dramáticas. Ser o diretor de sua própria peça lhe ajudaria a se proteger. Mas será que é isso mesmo o que queremos? Tranqüilidade e uma vida sem dramas? Então porque inventamos essas histórias? Só para que depois possamos mudá-las?
No final, bem onde se encontra o clímax de nossas geniais idéias, paramos e vemos que se ficarmos alterando a história ela nunca poderá ser contada. E sem histórias o homem não vive. Por isso, não mudamos nada nessa maravilhosa peça que é a vida.
E mesmo sabendo qual será o desfecho, continuamos a representar como fomos ensinados, apenas desejando que algum dia o ciclo se quebre, e que em algum dos atos, o final se mude por conta própria e nos deixe extasiados de surpresa e emoção.