Algumas palavras

Deveria tomar cuidado com as palavras, mas não o faço. Todos devem saber a verdade, não importa o quão dolorida esta seja! Idealista, talvez!
Se está aqui, sabe que não encontrará nenhum Machado de Assis nas minhas complicadas palavras. Contudo, poderá encontrar sentimentos fortes e sinceros como nos delírios de Bento Santiago.
Espero que minhas palavras possam mexer com o sentimento de cada um. Mesmo que odeiem o que estão lendo, ao menos ainda estão sentindo!
Desculpem-me antecipadamente por tudo, e uma boa leitura!

domingo, 14 de novembro de 2010

Happines is a mood, not a destination!

Pra quem acha que One tree hill é só mais um seriado idiota que conta a vida de adolescentes revoltados com o mundo e com si mesmos, está ai uma amostra de que não é apenas isso, que em algumas ocasiões também faz a gente pensar:

"Felicidade é um estado de espírito, uma condição, não um destino. É como estar cansado ou com fome, não é permanente. Vem e vai e continua tudo certo. E se as pessoas pensassem nisso dessa forma, elas encontrariam a felicidade muito mais vezes!"

A felicidade está em cada momento de nossas vidas, precisamos parar de procura-la e aproveitar o que está bem em nossa frente.

sábado, 30 de outubro de 2010

Suspiro de nostalgia

O sentimento é nostalgia e passa por casa centímetro de meu corpo. O gatilho que o impulsiona é, basicamente, tudo. Um cheiro, um olhar, uma música, um modo de falar...
Qualquer coisa me faz reviver momentos inesquecíveis que ficaram no passado. E mesmo continuando lá, parecem estar mais presentes que a própria realidade. Talvez porque não estejam no passado por vontade própria e sim por uma brincadeira do destino.
Talvez sem isso, afinal porque o destino brincaria comigo? Talvez por mais que devesse realmente ser assim, meu inconsciente vê tudo diferente, tudo errado e sendo assim, a nostalgia continuará fluindo até meu ultimo suspiro.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Paixão

As vezes dói mais do que podemos agüentar, como se estivéssemos mortos de tanto sentir.

Se pudéssemos viver sem paixão, talvez conhecêssemos um pouco de paz, mas seriamos vazios.

Sem paixão estaríamos mortos de verdade.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Perda

Não sei se a dor que se sente quando se perde alguém pode ser comparada a qualquer dor existente. Parece que por dentro você se contorce e tudo fica vazio. Quanto mais próxima é a pessoa mais essa sensação se eleva, piora. Fica-se incapaz de pensar, agir e até a respiração parece impossível.

São aqueles que mais nos amam que nos fazem ficar assim, principalmente aqueles que ficam. A dor nos olhares cabisbaixos é tão inexplicável quanto a dor que se sente dentro de si.

Um tesouro muitíssimo valioso deixou a vida que nós conhecemos e ver os olhos de sua amada pela dor da perda foi o que mais me fez sentir inútil. Inútil por não ser capaz de tirar a dor de uma pessoa que tanto amo, inútil por ver que nada poderia ser feito para reverter o acontecido.

Ele acreditava que existe uma vida após a morte, ou melhor, uma vida após a vida. Sempre me ensinou que a fé é a parte mais importante de uma pessoa e que sem ela não há nada para que viver. Não sou muito religiosa e não costumo pedir a interferência divina. Mas hoje, eu peço. Peço que cuide de mim e me de forças para apoiar os que continuam aqui.

As pessoas continuam dizendo que sentem muito pelo que ocorreu, porem falar sobre isso agora não será o mais fácil. Agradeço a quem disse sinceramente tais palavras, mas o que eu realmente acredito, é que ele não se foi, ainda esta aqui e continuara cuidando de todos como sempre fez, apenas de um modo diferente.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Bi, para você!

Um novo começo, um novo texto para ser corrigido, repassado.

Pode ter tantos erros quanto for, mas será a nossa historia, a nossa vida que será escrita.

Quando chegarmos ao fim, veremos o trabalho que foi feito e sentiremos orgulho, uma da outra. Teremos mostrado a todos que não acreditam em nos o quanto somos capazes de mudar o que nos incomoda, o quanto podemos melhorar.

Você foi o anjo que colocaram no meu caminho, e mesmo achando que tudo é uma besteira e que eu sou muito Bi, eu digo que te amo, do jeito que você é e não mudaria nada!

Muitas duvidas surgirão e com elas as respostas, porque vamos discuti-las em conjunto, mesmo sendo somente nós duas!

Sempre estarei aqui mesmo que for para ouvi-la gritar HOT DOG ou para ouvir suas lamentações e pensamentos sombrios como um homicídio duplo qualificado!

Amo-te, incondicionalmente e espero que saiba que isso não vai mudar, independente de quanto nós mudarmos.

domingo, 18 de julho de 2010

De menino para menina

Amei sim, eu te amei cada minuto.

Minha vida toda estive na condição de que nenhuma mereceria todo o amor que eu podia proporcionar, já hoje em dia muitas coisas mudaram, inclusive os papéis que chegaram até mesmo a uma reviravolta tamanha, que já não caibo mais em posições tais como “sofrendo de amor” ou “Sempre amando sempre sofrendo”!

Agora eu causo isso, eu faço com que ela sofra. Mas já estive nessas condições e sei que ela não consegue me odiar por mais que ela queira. Simplesmente incapaz. Mal consegue se questionar sobre não me amar.

Não consigo me agredir mesmo sabendo o quanto fui covarde. E o que ela me disse, como pode ser verdade, ela não sabe o que fala.

Talvez o que acabei de mencionar servisse há algum tempo, porem neste inverso, certamente não é mais valido.

Sinceramente, como pude? Eu não sei. Ou talvez uma resposta simplória: quem sabe eu não sou o mais popular cachorro!

A ultima coisa que eu quero que saiba é que eu ainda te amo. E por isso sei que merece alguém melhor.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Inesperado

Momentos únicos que vem da mais completa espontaneidade. Nessas horas a moral deixa a desejar e é esquecida por quem se deixa dominar pela vontade. Uma vontade inesperada, tão espontânea quanto o ato em si.

Um beijo leva a outro e quando se vê, as coisas já saíram do controle. Como isso é possível? Como a moral pode ser esquecida tão facilmente?

Depois vem a culpa, a sensação de que aquilo deveria ter sido evitado, contudo vem a certeza de que se repetido, aconteceria tudo outra vez.

Arrependimento é uma palavra sem significado. “Arrependo-me apenas das coisas que deixo de fazer”, talvez seja a única frase em que essa palavra se encaixe. Então porque a culpa? Porque essa sensação que não deixa a mente se tranqüilizar?

Um momento espontâneo que fica impregnado nos mais profundos pensamentos. Talvez a culpa seja na realidade a sensação de satisfação extrema que por tempos não se sentiu. Tanto tempo que até mesmo foi esquecida.

Não se pode voltar atrás, muito menos nos momentos de espontaneidade e as conseqüências vêm sem que se possa mudá-las.

As lembranças, as conseqüências e as sensações, poderiam se esvair, mas dizem que nada tem um fim, tudo se conecta e até que o próximo acontecimento venha e tome o lugar de importância do primeiro, estará este vivido na mente perturbada que espera em vão a calmaria que nunca chegará.

sábado, 19 de junho de 2010

Para você

A escuridão se vai quando deixamos a luz entrar.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Fernando Pessoa já dizia...

Pouco me importa.
Pouco me importa o quê?
Não sei: pouco me importa.

Alberto Caeiro, 24-10-1917

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A felicidade que é passada



As pessoas são diferentes umas das outras. Elas tomam atitudes inesperadas e se alegram com coisas que outras consideram ser banais.

A alegria é um sentimento muito aleatório. Então como conseguimos agradar aqueles com quem nos importamos?

Deveria ser fácil. Apenas conhecer aquele que é especial, deveria bastar. Mas a mente humana é muito complexa para se conhecer verdadeiramente uma pessoa, para se saber o que se passa em sua cabeça e entender seus desejos e planos.

Outra coisa também deve ser levada em consideração. Nem sempre sabemos o que se passa em nossa própria mente e temos dificuldade de decidir e escolher caminhos que são claros para quem está de fora.

Mas o que verdadeiramente importa, é como conseguimos agradar as pessoas que fazem a diferença? Umas apenas com sua presença já se alegram, outras precisam de uma demonstração do que você sente por elas, um beijo, um abraço, um "Eu te amo".

Há também aquelas que por mais que você se esforce nunca perceberão o valor de uma amizade, o mundo é pequeno para esse tipo de pessoa. O que leva a outra questão, elas poderiam algum dia alcançar a felicidade?

Felicidade é um sentimento muito aleatório e por mais que nos esforcemos, é passageiro. Se alegrar com as pequenas coisas do mundo faz com que a vida se torne melhor. Agradecer uma demonstração de carinho e realmente se importar com quem as faz nos torna pessoas melhores.

O que nos resta então é esperar pelo próximo "Bom dia" ou pelo próximo abraço e fazer esses pequenos atos se tornarem grandes para preencherem o lugar que os cabe em nossas vidas.

domingo, 9 de maio de 2010

Cena repetida

Seria possível reviver seus maiores medos continuamente? Viver sempre o mesmo ciclo sabendo o que está por vir, assim como em uma peça de teatro que se assiste novamente? O que você faria se chegasse a um ponto de sua vida e percebesse que aquela cena já tinha se passado?
Talvez esperasse que fosse diferente, mas aquele primeiro ato de que você se lembrava agora é um segundo, idêntico. Pensando por um lado até seria uma coisa boa, você já sabe suas deixas e suas marcações, não iria errá-las. Isso tudo porque já vivenciou aquele mesmo momento e o clímax que está por vir, já é conhecido e não lhe surpreenderá.
O maior problema é que você não quer passar por aquilo novamente e sabe o que deve fazer para se proteger de tão horrível final. Sabe que reescrever a peça não seria o correto, mas seria sua única saída. E como fazê-la sem prejudicar as pessoas que encenam com você, sem tirá-las do rumo de suas próprias cenas?
Reescrever o que já foi contado seria a única esperança de se poder viver uma vida tranqüila, sem muitas cenas dramáticas. Ser o diretor de sua própria peça lhe ajudaria a se proteger. Mas será que é isso mesmo o que queremos? Tranqüilidade e uma vida sem dramas? Então porque inventamos essas histórias? Só para que depois possamos mudá-las?
No final, bem onde se encontra o clímax de nossas geniais idéias, paramos e vemos que se ficarmos alterando a história ela nunca poderá ser contada. E sem histórias o homem não vive. Por isso, não mudamos nada nessa maravilhosa peça que é a vida.
E mesmo sabendo qual será o desfecho, continuamos a representar como fomos ensinados, apenas desejando que algum dia o ciclo se quebre, e que em algum dos atos, o final se mude por conta própria e nos deixe extasiados de surpresa e emoção.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O centro acadêmico comunista

Hoje enquanto estudava na biblioteca de minha conceituada universidade, me distrai por um momento de meu livro de Gonçalves para prestar atenção em um jornal que já a alguns dias está em meu poder.
Esse jornal chama-se "O indeferido" e sua primeira edição foi relançada este mês. Com uma primeira página muito interessante e um história mais interessante ainda, sendo este o mesmo nome do jornal produzido ilegalmente na ditadura militar, o jornal volta a ser produzido pela mesma organizaçao estudantil de outrora.
Mas não é pela capa nem pela hitória que venho comentar desse trabalho que foi produzido pelo ativo centro academico XVI de abril, mas é pelo conteúdo. Artigos preparados por estudantes e por professores, roubaram minha atenção. Um em particupar, cujo titulo é "Os comunistas". Sua temática gira em torno de uma única frase "bando de comunistas" dita por um estudante que tentava provavelmente insultar as pessoas ali presentes.
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A definição de "comunista" dada pela estudante do 3°ano: "... significa esforçar-se por analisar, compreender e criticar a conjuntura política de um país, preocupando-se com os frutos legislativos e transformadores dessa conjuntura, os quais, com toda certeza, refletirão nas nossas vidas proficionais e na vida de outras tantas pessoas...", " é equiparavel a empreender tempo, muito tempo, para que possamos ter uma formação e que trancenda os muros da lei e da Faculdade de Direito..." e " é em última análise, preocupar-se em revolucionar nosso cotidiano e o das pessoas que por nós são afetadas, de modo que algo sempre saia transformado e melhor do que estava antes...".
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Antes mesmo de conhecer o pessoal do CA, já tinha ouvido boatos de que , em sua maioria, eram comunistas, depois da leitura desse maravilhoso artigo, gostaria eu de ser um deles!
Em sua conclusão a aluna ainda diz que " ser um comunista deveria ser o escopo algemado por todos nós, estudantes de direito". Não tendo como me opor a esse fechamento e nem querendo faze-lo, gostaria apenas de parabeniza-la pelo artigo e perguntar como as pessoas ainda conseguem ver essa palavra, COMUNISTAS, como se via antigamente, com medo e terror. Pelo visto, mesmo conhecendo a história, estamos fadados a repeti-la!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Te jogo confete!

Para meu querido amigo que fica um pouquinho mais velho hoje!

Que ele possa ser feliz para todo sempre, com muitos pés para lhe agradar!!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Medusa


sábado, 17 de abril de 2010

Flor bela do Paraíso


“A dor vai curar essas lástimas

O soro tem gosto de lágrimas

As flores têm cheiro de morte

A dor vai fechar esses cortes

Flores, flores

As flores de plástico não morrem.”

Por muito tempo não pude entender o significado dessa letra. Mesmo que tentasse seria impossível que eu o fizesse, pois não tinha, até então, a vivência que hoje tenho. Gostaria de continuar sem tê-la.
Minha reação ao atender o telefonema de minha mãe e ouvir suas palavras foi notada rapidamente: “você nunca é tão meiga Ana, o que aconteceu?”.
O que acontecera, era o já esperado pelos médicos há sete anos. O soro tinha sido retirado, seu gosto de dor e tristeza já não podia mais ser sentido. A dor só continuava em quem ainda estava aqui.
Mas é essa dor que vai curar a falta e a saudade da pessoa amada. E essa sim, foi amada por muitos, foi forte, corajosa, um modelo que nem todos conseguiriam seguir. A verdade é que a maioria das pessoas não conseguiria. A fé que exalava dela nas palavras, às vezes tão duras, dos atos mais simples, era de impressionar até o mais cético ser vivente desse mundo.
Sua dedicação ao trabalho, à família, aos amigos, seu poder de persuasão, todas essas características tão marcantes, mostram que ela não é uma mera flor de plástico, uma flor que não morre, mas também não vive.
Ela é sim, e sempre será, para todos que passaram por sua vida, uma belíssima flor, ouso dizer a mais bela, que foi retirada do jardim que é a nossa vida.
Disseram-me que ontem o céu entrou em festa ao recebê-la. E todos aqui deviam fazer o mesmo, pois era assim que ela gostaria que fosse.
As últimas palavras que ela disse a mim, foram de amor e despedida, talvez soubesse que nós não nos encontraríamos mais, pelo menos não nessa vida. Mas não importa o que aconteça de hoje em diante, sempre terei sua imagem em minha memória e tentarei seguir os conselhos que me deu em vida.
As flores de ontem, tinham cheiro de morte, mas hoje já voltam a representar a vida de sonhos que devem ser seguidos. E que ninguém nunca desista deles, pois tenho certeza, quando eu digo, que ela não desistiu e lutou até que suas forças se esvaíssem.
Obrigada por todas as felicidades que você proporcionou a minha vida e a de muitos aqui neste mundo, obrigada por sempre me apoiar em minhas decisões e principalmente, obrigada por me deixar entrar em sua vida.
Agora, tenha seu merecido descanso em seu novo jardim, o mundo não será o mesmo sem você, mas o paraíso também não será o mesmo com a sua chegada. Descanse em paz e olhe por nós flor bela do paraíso.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Cassia Eller - Por Enquanto

Tudo Mudou

Mudaram as estações
tudo mudou
E eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim, tão diferente
Se lembra quando a gente
deixou de acreditar
Que tudo era pra sempre
sem saber
que o pra sempre
nunca acaba
E nada vai conseguir mudar
o que ficou
Mas quando penso em alguém
não penso em você
E aí, então, eu estou bem

E mesmo com tantos motivos
pra tentar te reconquistar
Eu desisti de tentar,
agora tanto faz
Eu estou indo de volta pra casa
(parodia da música " Por enquanto" de Cássia Eller)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

** My violet**


O sol de cada manhã
Parece ser dourado
Mas para ti é roxo...
Como a cor de teus olhos
De teu aroma, com doce gosto

Meus passos flutuam
Quando tua imagem eu vejo
Linda, bela, a principal paixão
Roxo! Da cor desta maravilhosa canção

Tentarei não chorar
Se vi-la partir um dia
Prometo não derramar
Lagrimas de sangue pelo ar
Que roxas sei que nunca hão de ficar

Pois é bela...
A violeta que me espera
Na janela, no pôr do sol
O qual me esquenta o sangue
Borbulhando meu ser
Envolto em teu aroma, em teu viver

E para nunca te esquece,
Prometo sofrer por ti
Pelo teu sorriso e tua beleza
Pela tua cor e delicadeza

Vou me despedindo...
Por favor, continue sorrindo
Contigo em minha mente hei de estar...
Pois eu sei que tu há de voltar.

"My litte violet
love you so much"


(Este poema é dedicado ao seu autor, com todo amor que ele merece!)

domingo, 4 de abril de 2010

Inocência

Hoje vi uma cena singela. Uma cena que me impressionou, tamanha foi à inocência.
Uma garotinha de cinco anos, não sei ao certo, sai na sacada com sua mãe. Esta entra em um quartinho e deixa a menina que vai até a beira da sacada e vê um passarinho que acaba de voar.
― Passarinho! Grita ela, como se aquele animalzinho pudesse ouvir, até mesmo responder ao seu chamado.
Lá fica ela, a observar o pequenino. Quando se da conta de que ele não vai voltar, da alguns passos para trás como se lamentasse por ele não ter correspondido ao seu chamado tão sincero.
Depois de alguns segundos entra correndo procurando por sua mãe.
Talvez, devêssemos prestar mais atenção nas pequenas coisas que acontecem ao nosso redor. Sei que deve parecer besteira para muitos, mas aqueles segundos em que tudo aconteceu, fizeram-me feliz por muito tempo.

terça-feira, 30 de março de 2010

Ciclo de culpas

Deve ser o costume de ela achar que tudo é relacionado a mim. Deve ser mais fácil culpar-me do que resolver um problema maior. O desgaste que ela teria para consertar o vidro quebrado seria tão grande, que ela prefere sentar e chorar o que se derramou.
Sei que devo ser compreensiva e que devo tentar ajuda-la, mas como posso fazê-lo? Minha mente anda sempre a mil por hora, tenho muito em que pensar e não tenho como resolver os problemas de uma mente perturbada. Podem estar pensando que sou uma filha desnaturada, egoísta e egocêntrica. Mas não é assim. Desde sempre eu sou o ponto de equilíbrio dessa casa. Entre meus pais, meu irmão e todos que são importantes aqui.
Cansei de ser a adulta, a pessoa que tem que fazer tudo certo e ainda consertar erros alheios. Quero poder ir a festas sem um pingo de peso em minha consciência, quero poder me embebedar com minhas amigas e não precisar dar satisfação a ninguém, quero poder fazer loucuras e não ser julgada como uma mãe de família, porque eu não a sou. Vivem me dizendo que devo cuidar desse problema, porém ele não é meu, não fui eu que o coloquei no mundo. Tenho que viver minha vida como uma pessoa normal, não viver a vida de outros. Isso, ela deve entender.
Mas como se diz a uma pessoa certa de ser onisciente, que ELA, esta errada? A resposta: não se diz! Agüenta-se e tenta-se esquecer, abstrair. Talvez um dia, eu consiga acabar com essa historia, consiga sair desse ciclo vicioso de culpas e me libertar de um dever, que nunca foi verdadeiramente meu.

segunda-feira, 29 de março de 2010

23:23 resposta

Essas palavras são dedicadas a uma grande amiga. São a resposta a uma de suas obras mais marcantes 23:23.
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Imaginar a dor desse momento não é possível, é torturante o bastante pra fazer lembrar de memórias, quem dera esquecidas, mas presentes na realidade distorcida de meu mundo.
Lembrar pode significar que por um instante aquilo foi esquecido, mas apenas um instante.
Não prefira o "não sei" porque este te deixa a duvida eterna. Não falo isso apenas por falar, mas por ter sentido na pele a incerteza que carrego comigo até hoje.
Podem ter se passado anos, mas aquele momento mal resolvido de tantos "Não seis" ainda fica em meu pensamento. Pode ser pelo fato de que a frieza só veio depois, em nossa convivência que continuou sendo diária, pode ser que ele não tenha tido a coragem de ser frio e ao invés disso ter derramado lagrimas comigo!
Procuramos sempre uma explicação para todas essas cenas que parecem de meio de filme onde a história ainda não esta resolvida.
Mas a verdade é que o melhor que temos a fazer é não sabermos o porquê, fazendo do passado dois cofres, em um colocamos as boas lembranças e guardamos a chave e em outro colocamos esses momentos inexplicáveis e jogamos a chave para bem longe no infinito, assim podemos seguir em frente e viver nossas vidas como merecemos, com alegria e esperança de um futuro com cenas de fins de filmes, onde tudo se resolve e podemos ser felizes para sempre!

domingo, 28 de março de 2010

Modo Ana de ser

Deveria saber calar-me, mas não sei. Deveria saber me comportar, mas não sei. Deveria saber obedecer, mas não sei.
A verdade é que sei, mas não faço. O que torna minha situação ainda pior. Sou imoral. Antes fosse amoral, ao menos assim, teria desculpa para agir dessa maneira.
O problema é que vivo a vida intensamente, um dia por vez, sem pensar nas conseqüências. Poderiam dizer que viver desse modo é o correto, a melhor escolha, que todos deveriam adotar o modo Ana de ser, mas se assim fosse tudo seria um caos.
As emoções a flor da pele gerariam guerras intermináveis e amores inabaláveis. Levariam o homem a um extremo que jamais se imaginou ser possível.
A impulsividade gerada pelos sentimentos em profunda ebulição, machucaria corpo e mente. Um mundo tranqüilo não existiria. Apenas a nostalgia desde que traria lembranças, talvez belas, talvez tenebrosas, de um mundo que um dia pensou antes de agir.

Março de 2010

Um dia sossegado, ou seja, torturante. E seriam assim as qurtas e sextas de minha vida.
De certo que escolhi esse destino, porém ao me sentar no pátio dos leões, sozinha, involuntariamente começo a me recordar daquela triste tarde há, exatamente, três anos.
É engraçado como um único dia pode mudar toda uma vida. Aquele dia mudou.
O que senti, está além do inexplicável. As lágrimas nos olhos dele me deixavam com uma grande dúvida. Por que ele fazia aquilo comigo? Era melhor que me fizesse odiá-lo era melhor que me fizesse pensar nele com olhos de um mundo desgostoso, não com a saudade e a tristeza que ainda sinto no intimo quando me lembro dele.
Então, uma pessoa vem e em minha mente, uma sabia amiga que já passara por toda minha lástima. Naquela manha ela me dissera:
— Hoje, só hoje, não importa. Olhe para o lado. Hoje, só hoje, mais do que todos os outros dias você não está sozinha. Hoje, só hoje, não fique triste pelo fim, pelo que não foi ou pelo que poderia ter sido. Hoje, só hoje, sorria por ter vivido, por estar vivendo. Por estar aqui comigo, com todo mundo. Hoje, só hoje, sorria!
Aquilo me fez pensar, me fez ver que uma pessoa pode estar faltando, que aquela pessoa nunca será substituída, mas não é apenas ela que consegue fazer meu mundo girar. No começo fora assim, tinha me isolado de tudo e de todos. Estava sem o apoio dos meus pés.
Hoje é diferente tenho meu chão novamente, tenho meus amigos. Alguns deles não têm idéia de quanto fazem diferença em minha vida. Outros, como a sábia mulher que me fez abrir os olhos, sabem e fazem valer a pena cada segundo, cada palavra.
Descobri depois de muito sofrimento, depois de muita lamentação, que posso ser feliz sem ter que substituí-lo. Podendo viver em sua presença e não desmoronar. Agora eu sei que sou mais forte do que imaginava. Agora sim, após três exatos anos, mesmo ainda me apegando à lembranças, eu vivo.