Algumas palavras

Deveria tomar cuidado com as palavras, mas não o faço. Todos devem saber a verdade, não importa o quão dolorida esta seja! Idealista, talvez!
Se está aqui, sabe que não encontrará nenhum Machado de Assis nas minhas complicadas palavras. Contudo, poderá encontrar sentimentos fortes e sinceros como nos delírios de Bento Santiago.
Espero que minhas palavras possam mexer com o sentimento de cada um. Mesmo que odeiem o que estão lendo, ao menos ainda estão sentindo!
Desculpem-me antecipadamente por tudo, e uma boa leitura!

domingo, 9 de maio de 2010

Cena repetida

Seria possível reviver seus maiores medos continuamente? Viver sempre o mesmo ciclo sabendo o que está por vir, assim como em uma peça de teatro que se assiste novamente? O que você faria se chegasse a um ponto de sua vida e percebesse que aquela cena já tinha se passado?
Talvez esperasse que fosse diferente, mas aquele primeiro ato de que você se lembrava agora é um segundo, idêntico. Pensando por um lado até seria uma coisa boa, você já sabe suas deixas e suas marcações, não iria errá-las. Isso tudo porque já vivenciou aquele mesmo momento e o clímax que está por vir, já é conhecido e não lhe surpreenderá.
O maior problema é que você não quer passar por aquilo novamente e sabe o que deve fazer para se proteger de tão horrível final. Sabe que reescrever a peça não seria o correto, mas seria sua única saída. E como fazê-la sem prejudicar as pessoas que encenam com você, sem tirá-las do rumo de suas próprias cenas?
Reescrever o que já foi contado seria a única esperança de se poder viver uma vida tranqüila, sem muitas cenas dramáticas. Ser o diretor de sua própria peça lhe ajudaria a se proteger. Mas será que é isso mesmo o que queremos? Tranqüilidade e uma vida sem dramas? Então porque inventamos essas histórias? Só para que depois possamos mudá-las?
No final, bem onde se encontra o clímax de nossas geniais idéias, paramos e vemos que se ficarmos alterando a história ela nunca poderá ser contada. E sem histórias o homem não vive. Por isso, não mudamos nada nessa maravilhosa peça que é a vida.
E mesmo sabendo qual será o desfecho, continuamos a representar como fomos ensinados, apenas desejando que algum dia o ciclo se quebre, e que em algum dos atos, o final se mude por conta própria e nos deixe extasiados de surpresa e emoção.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O centro acadêmico comunista

Hoje enquanto estudava na biblioteca de minha conceituada universidade, me distrai por um momento de meu livro de Gonçalves para prestar atenção em um jornal que já a alguns dias está em meu poder.
Esse jornal chama-se "O indeferido" e sua primeira edição foi relançada este mês. Com uma primeira página muito interessante e um história mais interessante ainda, sendo este o mesmo nome do jornal produzido ilegalmente na ditadura militar, o jornal volta a ser produzido pela mesma organizaçao estudantil de outrora.
Mas não é pela capa nem pela hitória que venho comentar desse trabalho que foi produzido pelo ativo centro academico XVI de abril, mas é pelo conteúdo. Artigos preparados por estudantes e por professores, roubaram minha atenção. Um em particupar, cujo titulo é "Os comunistas". Sua temática gira em torno de uma única frase "bando de comunistas" dita por um estudante que tentava provavelmente insultar as pessoas ali presentes.
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A definição de "comunista" dada pela estudante do 3°ano: "... significa esforçar-se por analisar, compreender e criticar a conjuntura política de um país, preocupando-se com os frutos legislativos e transformadores dessa conjuntura, os quais, com toda certeza, refletirão nas nossas vidas proficionais e na vida de outras tantas pessoas...", " é equiparavel a empreender tempo, muito tempo, para que possamos ter uma formação e que trancenda os muros da lei e da Faculdade de Direito..." e " é em última análise, preocupar-se em revolucionar nosso cotidiano e o das pessoas que por nós são afetadas, de modo que algo sempre saia transformado e melhor do que estava antes...".
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Antes mesmo de conhecer o pessoal do CA, já tinha ouvido boatos de que , em sua maioria, eram comunistas, depois da leitura desse maravilhoso artigo, gostaria eu de ser um deles!
Em sua conclusão a aluna ainda diz que " ser um comunista deveria ser o escopo algemado por todos nós, estudantes de direito". Não tendo como me opor a esse fechamento e nem querendo faze-lo, gostaria apenas de parabeniza-la pelo artigo e perguntar como as pessoas ainda conseguem ver essa palavra, COMUNISTAS, como se via antigamente, com medo e terror. Pelo visto, mesmo conhecendo a história, estamos fadados a repeti-la!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Te jogo confete!

Para meu querido amigo que fica um pouquinho mais velho hoje!

Que ele possa ser feliz para todo sempre, com muitos pés para lhe agradar!!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Medusa


sábado, 17 de abril de 2010

Flor bela do Paraíso


“A dor vai curar essas lástimas

O soro tem gosto de lágrimas

As flores têm cheiro de morte

A dor vai fechar esses cortes

Flores, flores

As flores de plástico não morrem.”

Por muito tempo não pude entender o significado dessa letra. Mesmo que tentasse seria impossível que eu o fizesse, pois não tinha, até então, a vivência que hoje tenho. Gostaria de continuar sem tê-la.
Minha reação ao atender o telefonema de minha mãe e ouvir suas palavras foi notada rapidamente: “você nunca é tão meiga Ana, o que aconteceu?”.
O que acontecera, era o já esperado pelos médicos há sete anos. O soro tinha sido retirado, seu gosto de dor e tristeza já não podia mais ser sentido. A dor só continuava em quem ainda estava aqui.
Mas é essa dor que vai curar a falta e a saudade da pessoa amada. E essa sim, foi amada por muitos, foi forte, corajosa, um modelo que nem todos conseguiriam seguir. A verdade é que a maioria das pessoas não conseguiria. A fé que exalava dela nas palavras, às vezes tão duras, dos atos mais simples, era de impressionar até o mais cético ser vivente desse mundo.
Sua dedicação ao trabalho, à família, aos amigos, seu poder de persuasão, todas essas características tão marcantes, mostram que ela não é uma mera flor de plástico, uma flor que não morre, mas também não vive.
Ela é sim, e sempre será, para todos que passaram por sua vida, uma belíssima flor, ouso dizer a mais bela, que foi retirada do jardim que é a nossa vida.
Disseram-me que ontem o céu entrou em festa ao recebê-la. E todos aqui deviam fazer o mesmo, pois era assim que ela gostaria que fosse.
As últimas palavras que ela disse a mim, foram de amor e despedida, talvez soubesse que nós não nos encontraríamos mais, pelo menos não nessa vida. Mas não importa o que aconteça de hoje em diante, sempre terei sua imagem em minha memória e tentarei seguir os conselhos que me deu em vida.
As flores de ontem, tinham cheiro de morte, mas hoje já voltam a representar a vida de sonhos que devem ser seguidos. E que ninguém nunca desista deles, pois tenho certeza, quando eu digo, que ela não desistiu e lutou até que suas forças se esvaíssem.
Obrigada por todas as felicidades que você proporcionou a minha vida e a de muitos aqui neste mundo, obrigada por sempre me apoiar em minhas decisões e principalmente, obrigada por me deixar entrar em sua vida.
Agora, tenha seu merecido descanso em seu novo jardim, o mundo não será o mesmo sem você, mas o paraíso também não será o mesmo com a sua chegada. Descanse em paz e olhe por nós flor bela do paraíso.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Cassia Eller - Por Enquanto

Tudo Mudou

Mudaram as estações
tudo mudou
E eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim, tão diferente
Se lembra quando a gente
deixou de acreditar
Que tudo era pra sempre
sem saber
que o pra sempre
nunca acaba
E nada vai conseguir mudar
o que ficou
Mas quando penso em alguém
não penso em você
E aí, então, eu estou bem

E mesmo com tantos motivos
pra tentar te reconquistar
Eu desisti de tentar,
agora tanto faz
Eu estou indo de volta pra casa
(parodia da música " Por enquanto" de Cássia Eller)